:: the lovebirds

abril 01, 2008


'Fui ver o filme de Bruno Almeida e saí de lá como se tivesse tomado um duche fresco:
limpei-me de grandes produções, de melodramatismo, de lições morais, de gente bonita e perfeita.
Saí do cinema tendo estando em Lisboa, revisitei partes da minha vida. Ruas e pessoas.
Ver um filme e pensar sobre ele obriga quase sempre a um bem ou mal, ou se gosta ou não, o filme é bom ou não presta, crítica negativa-positiva. Este filme desorienta demais para que se possa encaixá-lo nesta lógica.
No caso de Lovebirds gostei mais do que desgostei, mas não posso dizer que isto é um filme, no sentido que normalmente damos à palavra filme. Não há uma narrativa, há várias fragmentadas que nada têm em comum a não ser a cidade de Lisboa. Os personagens nunca se encontram e dizer que o ponto comum é o amor é forçar um título ao patchwork: afinal há alguma coisa que não fale de amor?
Não posso dizer que se trata de um filme, é mais uma colagem.
Não posso dizer que é um filme muito bom, embora tenha momentos quase perfeitos.
Lovebirds é a cidade, é o sujo de Lisboa, as ruas por onde passei, as memórias que tenho.
É um filme naíve e pretencioso, bonito e escavacado. Assim vive a cidade imutável face ao rio..'
e o fado. perfeito. de Camané..

' descrição roubada d'aqui

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