:: ler-te

dezembro 18, 2007

ler-te é ao mesmo tempo um exercício de cobardia e de coragem.
a cada palavra tua arrebanho-me aos bocadinhos, apanho-me do chão uma e outra vez, varro-me da tua vida. golpeio-me os rins, mal me dou a vasculhar-te as memórias com a minúcia de um arqueólogo, como se com isso ficasse a saber mais alguma coisa de ti. como se a tua permanência na minha retina não fosse já claustrofóbica que chegasse, impedindo-me de respirar os dias. às vezes, parece-me que te enches de palavras só para te esvaziares de mim (eu sei que não).


d'aqui: umamoratrevido.blogspot.com

0 comments

FOLLOWERS