:: ciber flâneur
outubro 19, 2009
se o presente é o que se impõe, a aceleração predomina, logo, o espaço reduz-se.
neste sentido a unicidade e espontaneidade do flaneur perderam-se: ele era uno e poderia apenas caminhar pelo percurso que estabelecia diariamente, entre ruas e calçada..
por outro lado, embora sendo apenas um espírito e um corpo, podemos agora estar em multi-estados e multi-locais. com critério, podemos viver mais, experienciar e conhecer mais. embora no mesmo corpo e no mesmo tempo. virtudes (ou não) da virtualização.
Paul Virilio, L’espace Critique, Choix Essais
o flâneur continua a sua deambulação. não nos moldes clássicos apresentados por Baudelaire, dado que a evolução Histórica o liquidou, mas como um novo personagem: o ciberflâneur. a velocidade alcançada ao acelerar o acesso à informação, afasta-o da sua apropriação. o ciberflâneur é omnipresente e comunica de diversos lugares em deslocamento constante. uma vez que a integração na rede, não lhe exige uma presença física e real, permite-lhe um relacionamento sem compromisso num espaço que não aceita uma definição, seja ela territorial ou geográfica. é possível uma infinidade de estados, desde a ausência, ao ocupado, ao offline, sendo que nenhum deles possa ser verídico, perdendo-se assim a condição definidora de verdade.
neste sentido a unicidade e espontaneidade do flaneur perderam-se: ele era uno e poderia apenas caminhar pelo percurso que estabelecia diariamente, entre ruas e calçada..
por outro lado, embora sendo apenas um espírito e um corpo, podemos agora estar em multi-estados e multi-locais. com critério, podemos viver mais, experienciar e conhecer mais. embora no mesmo corpo e no mesmo tempo. virtudes (ou não) da virtualização.
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