:: estrela michelin
maio 03, 2010
confesso que o primeiro impacto não foi o melhor. a sala histórica, em tom dourado e preto, cativa, mas cria uma formalidade fortalecida pela ementa, onde o preço por prato me pareceu um abuso. mas pronto, lá fomos por uns secretos versão 'cubismo', e um bitoque com gema cremosa a cavalo, na expectativa do que seriam estes pratos tradicionais em versão tavariana.
chegadas as primeiras entradas, os sentidos começaram a funcionar: azeitonas e queijo chevre em tempura. só um estalar dentro da boca que estimulava o paladar. depois os pratos principais: rendição!! uma mistura de sabores conhecidos, mas em versão leve, subtil, com paladar profundo e estendido. para fechar o gelado de canela a dissolver-se com languidez, prolongando o prazer do café.
já convencido que ali a cozinha era realmente uma ciência, chegou a chave de ouro: o chef, pleno de simpatia, fez questão de dar os parabéns ao aniversariante e demoradamente explicar a técnica do prato que começa a ser preparado dois dias antes, entre vácuo a 54º, técnica e qualidade. mais que um jantar, foi um momento de prazer gourmet de excelência. doce presente.
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